sábado, 26 de maio de 2012

Escolhas: Pulando do trem.

Para terem ideia do quão difícil é para mim fazer qualquer tipo de escolha, hoje fiquei mais de quarenta minutos dentro de uma loja tentando escolher o lavatório de banheiro (que por sinal estou precisando trocar desde Dezembro), e só sai de lá por me sentir pressionada e chata, porque até agora não me sinto convencida de que fiz a melhor escolha (continuo pensando nos outros dois lavatórios que não escolhi!) … ai, eu, Catarina Não Consigo Escolher nada da Silva, decidi mudar de emprego! Foi uma escolha muito difícil, mas foi uma revisão nos planos de carreira, que deram muito o que pensar. Entrei naquela dúvida: devo trocar o certo pelo duvidoso? Pra que largar uma coisa que está funcionando tão bem: satisfação profissional, financeira, em termos de ambiente de trabalho, flexibilidade…? O que mais você pode querer da vida? Bom, eu respondi para mim: Muito mais. Uma das piores coisas na vida pessoal e profissional são a estagnação e o comodismo. E fazendo analogia com relacionamentos amorosos, me vi dentro de uma relação daquelas em que você não deixa de amar aquela pessoa, não deixa de gostar, ela ainda é legal e te faz bem, mas o negócio está tão desgastado, tão desgastado, que se transforma em um dia atrás do outro com noites dormidas no meio. Sem grandes emoções, sem grandes surpresas, com todas as certezas de que aquilo vai estar ali pra você pra sempre, independente do esforço ou movimento que você vai fazer para isso acontecer… pois é, foi assim que escolhi, e talvez escrever este texto é mais um exercício para afirmar para mim a minha convicção de que fiz a melhor escolha, de que ter pulado do trem com destino conhecido para percorrer um novo caminho desconhecido e incerto foi o mais acertado possível… a ansiedade, um certo medo, acabam sendo abafados pela certeza de outros objectivos, novidades, expectativas, que me darão com certeza uma energia para continuar ao menos por um bom tempo. E isso é bom, isso me faz bem, e me sinto feliz! Novos tempos se avizinham nessa mudança de percurso. E é isso, vamos lá. E se não der certo… well, ao menos eu tentei. Se me arrepender…  well ao menos vai ser por ter feito. Se cair… well, tenho certeza que vai ser só levantar. Se me frustrar…  well, eu me reinvento, me transformo, me preparo e recomeço… certo?

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